Eduardo Bolsonaro diz ver com pesar revogação de sanções dos EUA contra Moraes e esposa

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou nesta sexta-feira (12) uma nota pública lamentando a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a esposa dele, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky.

“Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. (...) Lamentamos que a sociedade brasileira, diante da janela de oportunidade que teve em mãos, não tenha conseguido construir a unidade política necessária para enfrentar seus próprios problemas estruturais”, afirmou.

O deputado, que atuou nos bastidores para articular sanções americanas contra autoridades brasileiras visando evitar a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, também agradeceu o "apoio" recebido do presidente Donald Trump e afirmou que continuará trabalhando "de maneira firme pela libertação do país".

Atualmente, Jair Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação por golpe de Estado e outros crimes ligados à tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Filhos e aliados tentam reverter a decisão com a aprovação do PL da Dosimetria e apostam também em um possível perdão no futuro.

Entenda

A Lei Magnitsky permite que os Estados Unidos sancionem cidadãos estrangeiros suspeitos de corrupção ou graves violações de direitos humanos, sem necessidade de condenação judicial.

A medida revoga as sanções impostas em 30 de julho contra Alexandre de Moraes e em 22 de setembro contra Viviane Barci de Moraes e o Instituto Lex, ligado à família do ministro. Até agora, o governo do presidente Donald Trump não informou os motivos da reversão.

Com a retirada das sanções, Moraes e a esposa recuperam a possibilidade de entrar nos Estados Unidos e acessar eventuais ativos sob jurisdição americana.