Deserto do Atacama se transforma em lixão clandestino da moda de outros países
Roupas dos Estados Unidos, Europa e Ásia são descartadas no Chile

Foto: Reprodução/Banco de Imagens
Roupas compradas e vestidas em países da Europa, Ásia e nos Estados Unidos são descartadas de forma irregular e formam lixão clandestino no deserto do Atacama, no Chile. As informações são do O Globo.
Cerca de 59 mil toneladas de roupas descartadas chegam por ano na zona franca do porto de Iquique, a 1.800 quilômetros de Santiago. As roupas, que contam com mais de 50 temporadas de novos produtos anualmente, demoram até 200 anos para se desintegrar na natureza.
As roupas são fabricadas na China ou em Bangladesh e compradas em lugares como Berlim ou Los Angeles. Os produtos são descartados após serem considerados de segunda mão" ou pertencerem à temporadas anteriores das fast fashion.
Além disso, o Chile é o maior importador de roupas usadas da América Latina. O país é abastecido com fardos descartados dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia.
Um relatório da ONU, divulgado em 2019, apontou que a indústria da moda é "responsável por 20% do total de desperdício de água globalmente", sendo uma consequência da fabricação excessiva de roupas, que dobrou entre 2000 e 2014.