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Desflorestamento na Mata Atlântica atinge marca preocupante e lança toneladas de CO2 na atmosfera

Estudo revela que mais de 20.000 hectares foram desmatados em um ano

Por Da Redação
Ás

Desflorestamento na Mata Atlântica atinge marca preocupante e lança toneladas de CO2 na atmosfera

Foto: reprodução/ agência brasil

Entre os meses de outubro de 2021 e de 2022, a Fundação SOS Mata Atlântica e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) constataram o desflorestamento de 20.075 hectares na Mata Atlântica. Esse número representa uma redução de 7% em relação ao período anterior, porém, a área desmatada é a segunda maior dos últimos seis anos, ficando 76% acima do valor mais baixo registrado. Além disso, foram lançadas 9,6 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera como consequência desse desmatamento.

Os dados são parte do Atlas da Mata Atlântica, estudo realizado desde 1989 pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o INPE e apoio técnico da Arcplan. A nova edição do atlas, lançada na semana do Dia Nacional da Mata Atlântica, conta com o patrocínio do Bradesco e da Fundação Hempel.

Apesar da redução em relação ao período anterior, o diretor executivo da SOS Mata Atlântica e coordenador do Atlas, Luís Fernando Guedes Pinto, aponta que o quadro de desmatamento é estável, porém inaceitável para um bioma tão ameaçado e essencial para a conservação da água e a prevenção de grandes tragédias, como a ocorrida recentemente no litoral norte de São Paulo.

A Mata Atlântica abriga quase 70% da população brasileira, responde por cerca de 80% da economia do país e é responsável pela produção de 50% dos alimentos consumidos internamente. No entanto, o desmatamento persiste, indo contra estudos internacionais que destacam a importância desse bioma para a conservação da biodiversidade e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Minas Gerais, Bahia, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina são os estados que acumulam 91% do desflorestamento registrado, com destaque para Minas Gerais, que lidera a lista com 7.456 hectares desmatados. Entre os municípios, dez concentram 30% do desmatamento total, com Wanderlei (Bahia) encabeçando a lista.

A especulação imobiliária e a conversão de áreas florestais em pastagens e cultivos agrícolas são apontadas como principais causas do desmatamento, que ocorre majoritariamente em terras privadas. Apenas 0,9% das perdas foram registradas em áreas protegidas.

O Atlas da Mata Atlântica possibilita a identificação e comparação de desmatamentos maiores que três hectares, avaliando a conservação dos maiores remanescentes de matas maduras e sem sinais de degradação no bioma. Esse monitoramento é fundamental para embasar políticas de longo prazo de conservação da Mata Atlântica.

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