Desinformação sobre o Holocausto nas redes sociais é comum e gera preocupação, diz Unesco
No Telegram, Twitter e Facebook, boa parte dos conteúdos sobre o tema distorcem ou negam o genocídio
Foto: Memyselfaneye/Pixabay
Um novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ao analisar 4 mil publicações referentes ao Holocausto nas redes sociais, constatou que há muita distorção de fatos e negação do genocídio nas plataformas, o que gera "preocupação significativa".
No Telegram, quase metade do conteúdo relacionado ao Holocausto apresenta desinformação sobre o genocídio. O mesmo acontece nas redes sociais Twitter, com cerca de 15% das postagens, e no Facebook, em cerca de 10% das publicações sobre o tema.
O documento chama a atenção ainda para o fato de que a desinformação a respeito do Holocausto alimenta discursos nocivos, como racismo, misoginia, xenofobia e homofobia. O relatório conclui que, para que haja redução desse tipo de conteúdo, as plataforma digitais precisam tomar medidas efetivas para resolver a questão.
O secretário-geral António Guterres diz que muito tem de ser feito para fortalecer a resiliência global à desinformação. Para ele, compreender a história do Holocausto é crucial para salvaguardar o futuro da humanidade.