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Brasil

Desmatamento cai pela metade na Amazônia e sobe 43% no Cerrado, aponta Inpe

Dados foram divulgados pelo instituto nesta sexta-feira (5)

Por Da Redação
Ás

Desmatamento cai pela metade na Amazônia e sobe 43% no Cerrado, aponta Inpe

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal reduziu pela metade no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula, alcançando o melhor índice desde 2018. Por outro lado, o Cerrado experimentou um aumento de 43% em 2023 no nível de desmatamento, atingindo o maior índice registrado na série histórica do Deter para esse bioma.

Os índices levam em consideração o chamado ano civil, isto é, o período total de janeiro a dezembro, e foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta manhã de sexta-feira (5).

Amazônia

A Amazônia Legal é uma extensa região que representa aproximadamente 59% do território brasileiro. Ela abrange nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão. Essa área é de grande importância devido à sua rica biodiversidade e à presença da maior parte da Floresta Amazônica, um ecossistema vital para a saúde do planeta.

Em 2023, a área com alertas na Amazônia Legal totalizou 5.152 km². Essa redução ocorreu após vários anos de aumento no desmatamento, que atingiu seu recorde em 2022, com 10.278 km².

Pará liderou a lista dos estados com mais desmate em 2023. Segundo o Deter, foram quase 2 mil km² (1.903 km²). Mato Grosso veio na sequência, com 1.408 km², e Amazonas com 894 km². Os três também são os líderes da série histórica.

Cerrado

No Cerrado, o cenário vem piorando com o passar dos anos. A região vem registrando alta no desmate desde 2020. Em 2023, a área sob alerta foi de 7.828 km² — a maior desde o começo das medições do Deter no segundo maior bioma do país.

Conforme dados do Inpe, o Maranhão foi o estado que apresentou a maior área de vegetação nativa suprimida, totalizando 1.765 km². Em seguida, estão a Bahia (1.727 km²), Tocantins (1.604 km²) e Piauí (824 km²).

O Cerrado desempenha um papel crucial na distribuição de água no Brasil. Por ser um bioma com solo mais elevado, ele atua como um regulador hidrológico, absorvendo umidade e desempenhando um papel essencial na recarga de aquíferos e na manutenção de cursos d'água.

Em novembro, o Inpe divulgou o balanço do projeto Prodes Cerrado, que apontou um aumento de 3% no desmatamento em 2023. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o bioma perdeu 11.011 km² de vegetação nativa.

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