Desmatamento da Amazônia ampliou risco de calor no Brasil, diz meteorologista da ONU
O secretário avalia que Amazônia pode se tornar área de emissão
Foto: Agência Brasil
Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, da ONU, alertou sobre o calor no Brasil e sua relação com o desmatamento nesta quarta-feira (15).
"Está bastante claro que desmatamento na Amazônia gerou a uma seca na região e, claro, com seca, há maior risco de maiores temperaturas", disse Taalas, em declarações a coluna de Jamil Chade no UOL.
O secretário apresentou seu informe anual sobre as emissões de gases de efeito estufa, indicando um novo recorde de concentração. A entidade avalia que a região amazônica apresenta sinais de que está diminuindo a captação de gases e passa ser um emissor. "É um ponto de inflexão que estamos preocupados”, afirmou o meteorologista.
Ele explica que a evaporação decorrente de áreas de florestas tropicais é capaz de amenizar o clima. Apesar da queda de 22% no desmatamento, o meteorologista acredita que o impacto demore de ser recuperado.