Desmatamento na Amazônia registra 867 km² de área derrubada e é apontado como 2º pior trimestre desde 2008, diz relatório
Segundo a Imazon, a área equivale a quase mil campos de futebol por dia,
Foto: Agência Brasil
O desmatamento da Amazônia triplicou em março e fez com que o início de 2023 tenha sido o pior trimestre desde 2008, de acordo com o monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Conforme os destaques do levantamento, foram derrubados 867 km², o equivalente a quase mil campos de futebol por dia; a Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu e a APA do Tapajós (PA) perderam áreas de floresta equivalentes a 500 e a 300 campos de futebol apenas em março. Essas foram as áreas mais destruídas na Amazônia no mês.
No mês do março, oito dos nove estados que compõem a Amazônica Legal registraram aumento no desmatamento, com exceção do Amapá.
A maioria (76%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. Já o restante foi registrando em Assentamentos (19%), Unidades de Conservação (4%) e Terras Indígenas (1%).
De acordo com o instituto, o Amazonas foi o estado mais desmatado do Brasil, com 104 km² registrados em março deste ano. A área representa um aumento de quase nove vezes em comparação com 2022, quando foram desmatados 12km².
Já o estado do Pará, teve destruição quase triplicada, passando de 33 km² em março de 2022 para 91 km² em março de 2023. Ou seja, um aumento de 176%. Na unidade federativa, três cidades somaram 55% de toda a devastação, Altamira (31 km²), Moju (10 km²) e Novo Progresso (9 km²).
Outros estados que também tiveram altos índices de perda de floresta nativa foram: Mato Grosso (25%), Roraima (8%), Rondônia (6%), Maranhão (3%) e Acre (1%).