Devido as isenções fiscais, recuo nos preços das mercadorias nacionais deve seguir até fim de agosto
Em setembro, a prévia da inflação já deve apresentar alta, elevando o preço dos produtos

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Mesmo com a maior deflação desde 1980, o Brasil não deve encerrar o ciclo de queda dos preços da mercadoria nacional. Os recuos também devem ser visto durante o mês de agosto, ainda como reflexo do corte de impostos sobre os combustíveis e sobre a energia elétrica.
Isso é o que apontam analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central. Os especialistas apontam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que funciona como uma prévia da inflação, deve cair 0,15% ao final de agosto.
Já para setembro, a expectativa é de alta na média de preços da mercadoria de 0,5%. Essa deve ser a tendência para os próximos meses a partir daí.
A deflação foi impulsionada pela redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e energia elétrica, além do corte do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol, que seguem até o fim de 2022.
Os analistas entendem, no entanto, que as mesmas isenções fiscais devem provocar, a partir de 2023, um aumento da inflação. A manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, patamar considerado elevado, pode inibir parcialmente a alta inflacionária.