Dia do Hemofílico: Hemoba conscientiza sobre o tratamento da doença
Números, tratamentos e recomendações para a hemofilia no país
Foto: Divulgação
No Dia do Hemofílico, celebrado nesta quinta-feira, 4 de janeiro, destaca-se a conscientização sobre a hemofilia, doença genético-hereditária que resulta na ausência dos “fatores de coagulação” no sangue, ocasionando hemorragias e sangramentos difíceis de controlar. No Brasil, a Federação Mundial de Hemofilia estima que existam cerca de 13 mil pessoas com hemofilia, colocando o país como o quarto maior contingente de pacientes no mundo. O Sistema Hemovida Web Coagulopatias apontou 11.141 pacientes com hemofilia A e 2.196 com hemofilia B até 2021.
Na Bahia, aproximadamente mil pacientes hemofílicos recebem tratamento profilático no Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme – Rilza Valentim, em Salvador, oferecido pelo SUS. Este centro especializado em doenças do sangue benignas fornece atendimento ambulatorial em várias áreas, contando com uma equipe multidisciplinar de cerca de 140 profissionais.
O Dia do Hemofílico homenageia Henfil, cartunista que faleceu em 04/01/1988 devido à AIDS adquirida em transfusão de sangue. Seus irmãos hemofílicos, Chico Mário e Betinho, também contraíram o HIV dessa forma.
Os principais sintomas da hemofilia incluem sangramentos repetitivos, especialmente em articulações como joelhos, tornozelos e cotovelos, resultando em dor intensa, aumento da temperatura e limitação de movimento. O tratamento consiste na reposição do fator de coagulação, disponibilizado gratuitamente pelo Ministério da Saúde, sendo crucial um início precoce para reduzir sequelas.
Orientações do Ministério da Saúde incluem buscar assistência médica em caso de sangramentos frequentes e desproporcionais ao trauma, investigar manchas roxas em bebês como possíveis sinais da condição, promover a prática de exercícios adequados para fortalecer a musculatura e administrar tratamento imediato para episódios de sangramento. É crucial que os pais estejam conscientes e busquem orientação adequada para cuidar de crianças hemofílicas.