Dia Internacional para Abolição da Escravidão: ONU lembra 50 milhões de vítimas e defende dignidade humana
O secretário-geral, António Guterres, fez um apelo à defesa da dignidade humana e pediu que os governos apoiem as vítimas e garantão punição aos responsáveis
Foto: Arquivo Agência Brasil
Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional para Abolição da Escravidão acontece nesta segunda-feira (2), em memória aos 50 milhões de vítimas de abusos, tráfico humano, trabalho forçado, exploração sexual e casamento forçado.
Em mensagem, o secretário-geral, António Guterres, lembra que as vítimas são pessoas fragilizadas pela pobreza, discriminação e conflito, incluindo mulheres e crianças. Os criminosos, por sua vez, “lucram com o sofrimento humano incomensurável”.
Guterres citou ainda o recém adotado Pacto para o Futuro, que prevê a “eliminação do trabalho forçado, o fim da escravidão moderna e do tráfico de pessoas e de todas as formas de trabalho infantil”.
O líder da ONU fez um apelo à defesa da dignidade humana e pediu que os governos protejam, libertem e apoiem as vítimas, além de garantir que os responsáveis responderão pelos abusos na justiça.
Guterres disse que o mundo precisa se unir para detectar, denunciar e abolir formas contemporâneas de escravidão em qualquer lugar.
A ONU estima que um em cada oito envolvidos no trabalho forçado é menor de idade. Ainda de acordo com a organização, mais da metade deles está em situação de exploração sexual comercial e a maioria dos casos de trabalho forçado se encontra no setor privado. Quase quatro em cada cinco, são mulheres ou meninas.