• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Secas e degradação da terra atingem aproximadamente metade da população mundial
Mundo

Secas e degradação da terra atingem aproximadamente metade da população mundial

Quase 40% das terras estão arruinadas, que abala a vida de 3,2 bilhões de pessoas

Por Da Redação
Ás

Secas e degradação da terra atingem aproximadamente metade da população mundial

Foto: Antonio Lima/SECOM

No início da 16ª Conferência da ONU sobre Desertificação, especialistas avisaram que até 2050, quase 7,5 bilhões de pessoas irão sentir o impacto da seca. A vice-secretária-geral das Nações Unidas comunicou que os investimentos reunidos poderão chegar US$ 2,6 trilhões até 2030 para tratar do desafio. 

No mundo todo, aproximadamente 40% das terras estão degeneradas, o que altera a vida de 3,2 bilhões de pessoas com a diminuição de eficiência biológica e econômica.

Para discutir o desafio, a ONU promove a 16ª Sessão da Conferência das Partes, COP16, da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Unccd, em Riad, na Arábia Saudita.

Crescimento de 29% na ocorrência de secas

No início da Conferência, o presidente recém-eleito da Unccd e ministro saudita do Meio Ambiente, Abdulrahman Alfadley, comunicou que as terras arruinadas simbolizam um aumento no risco de migração, instabilidade e insegurança para vários grupos.

As secas, que são um assunto prioritário na COP16, tem se tornado mais frequente e severo, crescendo em 29% desde 2000, correspondente às alterações climáticas e à gestão insustentável da terra.

Até 2050, três em cada quatro pessoas no planeta, cerca de 7,5 bilhões de pessoas, terão as vidas impactadas pela seca.

Em discurso por vídeo, a vice-secretária-geral da ONU solicitou aos delegados da COP16 que executem a parte e “virem a maré”, direcionando-se em três prioridades, abrangendo a consolidação da cooperação internacional.

Amina Mohammed chegou a afirmar que é crucial “intensificar” o empenho de restauração e trabalhar em direção à “mobilização em massa de financiamento”. Segundo ela, “os investimentos acumulados devem totalizar US$ 2,6 trilhões até 2030”. Mohammed notou que o valor é comparado ao que o mundo gastou em defesa só em 2023.

Nutrindo a humanidade

O secretário-executivo da Unccd, Ibrahim Thiaw, apontou que a restauração da terra é importante para “nutrir a própria humanidade”. O especialista acredita que, “a maneira como o solo é administrado hoje determinará diretamente o futuro da vida no planeta”.

Ibrahim contou sobre a experiência pessoal de conhecer agricultores, mães e jovens que foram afetados pela perda de terras, ressaltando que o custo da degradação está em todos os aspectos da vida. Isso abrange o crescimento do preço dos mantimentos, sobretaxas inesperadas de energia e pressão sobre as comunidades.

Segundo os dados da Unccd, nos quatro anos até 2019, terras saudáveis do tamanho da Índia e da Nigéria combinadas foram contaminadas pela degeneração da terra.

Thiaw evidenciou que agricultura, pastoreio em grande quantidade, urbanização, mineração, desmatamento e outros fatores estão promovendo o declínio, acentuado pelas mudanças climáticas.

Ações ambiciosas e inclusivas

A COP16 disponibiliza uma chance para líderes globais de governos, organizações internacionais, setor privado e sociedade civil de se reunirem para debater as pesquisas mais atuais e criar um caminho para um futuro sustentável do uso da terra.

Representando organizações da sociedade civil que estavam na conferência, Tahanyat Naeem Satti recorreu a “ações ambiciosas e inclusivas na COP16”. Ele acredita que, a “participação significativa de mulheres, jovens, povos indígenas, pastores de rebanhos e comunidades locais na tomada de decisões em todos os níveis deve ser institucionalizada”.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário