Dia Internacional para Pessoas Afrodescendentes: Presidente da ONU fala sobre luta pelo fim do racismo
António Guterres anuncia o primeiro Fórum Permanente das Pessoas Afrodescendentes
Foto: Reprodução/Agência Brasil
No 'Dia Internacional para Pessoas Afrodescendentes', comemorado nesta quarta-feira (31), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lembra que, apesar a data de celebração, ainda existem milhões de pessoas de ascendência africana sujeitas ao racismo e à discriminação racial enraizada e sistêmica.
Dessa forma, o chefe das Nações Unidas informou que este ano acontece o primeiro Fórum Permanente das Pessoas Afrodescendentes, evento que representa grande importância na conquista da Década Internacional das Pessoas Afrodescendentes, que segue até 2024.
Em entrevista ao ONU News, o colombiano Pastor Elías Murillo, um dos integrantes do Fórum, destacou que “a luta contra a discriminação racial de afrodescendentes é um propósito irreversível e multirracial”.
Como mostram dados da ONU, no continente americano, sem incluir o Caribe de língua inglesa, existem 200 milhões de pessoas que se identificam como afrodescendentes. Esse total, segundo o especialista, subestima a presença dessa população.
Para Murillo, a autonegação seja “a ferida mais profunda que a escravização deixou nos povos livres da América”. No entanto, ele reforça a relevância sobre o número de pessoas que se reconhecem como afrodescendentes, já que acessa um processo de incorporação da nomenclatura nos censos nacionais, que não existia antes do ano 2000.
Em busca de gerar reconhecimento dos afrodescendentes como um grupo específico nos quais os direitos humanos devem ser promovidos e protegidos, a Assembleia Geral da ONU declarou o período de janeiro de 2015 a dezembro de 2024 como a Década Internacional dos Afrodescendentes.
