Digitalização da economia brasileira tem potencial de injetar até R$ 1,12 trilhão no PIB
Estimativa destaca como o avanço tecnológico econômico pode gerar ganhos em diversas frentes

Foto: Divulgação/Tiago Mendes
O aumento de ganho de produtividade, melhores ofertas salariais, e crescimento econômico a curto, médio e longo prazos são algumas das principais vantagens asseguradas pelo processo de transformação digital em todos os setores da economia.
Esses são alguns dos benefícios que consta na pesquisa “Transformação digital, produtividade e crescimento econômico”, desenvolvida pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada nesta sexta-feira (9). O estudo é baseado na metodologia do Office for National Statistics (2015), do Reino Unido.
O levantamento apresenta os impactos positivos agregados ao alto potencial da transformação digital, driver para a produtividade e crescimento econômico, e propõe a elaboração de uma agenda nacional estratégica para criar condições que potencializem a digitalização em diversos segmentos empresariais e econômicos.
Um dos dados positivos apresentados é que, enquanto os empregos formais perdem espaço no Brasil, com uma tendência à precarização do mercado de trabalho, observa-se um movimento oposto sob a ótica dos empregos digitais que, nos últimos cinco anos, apresentaram um crescimento de 4,9% em comparação às demais ocupações. A ascensão demonstra sua capacidade de resiliência frente a mudanças socioeconômicas e crises. Além disso, o estudo mostrou que as ocupações digitais têm remuneração acima da média e sua produtividade de trabalho é superior em relação às demais atividades.
“A pesquisa não apenas lança luz ao impacto econômico da expansão da oferta digital, mas também detalha em números a importância dessa transformação. É um estudo que contribui significativamente com as organizações públicas e corporações privadas e que ajuda a nortear investimentos nesta agenda para assegurar ganhos competitivos nos mais diversos setores, ajudando o Brasil a dar importantes passos para ser um mercado mais competitivo globalmente”, detalha Tatiana Ribeiro, diretora executiva do Movimento Brasil Competitivo.