Diligências da CPI do MST na Bahia podem ser canceladas por falta de escolta
De acordo com a instituição, os parlamentares não se enquadram no grupo de "sujeitos" que têm a prerrogativa de receber esse tipo de proteção.
Foto: Agência Brasil
A CPI do MST , que está a pouco menos de um mês da conclusão, teria uma das últimas diligências do colegiado a ser feita na Bahia. Segundo a cúpula da CPI, uma promessa foi feita pelo coronel Paulo José Reis de Azevedo Coutinho, comandante da Polícia Militar do Estado da Bahia, e Marcelo Werner, secretário de Segurança Pública da Bahia, durante suas participações na CPI na semana passada. No entanto, a Superintendência Regional da PF na Bahia enviou ofício ao presidente da CPI, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), na quarta-feira (23) cancelando a diligência.
A PF alegou que não poderá fornecer a escolta solicitada. De acordo com a instituição, os parlamentares não se enquadram no grupo de "sujeitos" que têm a prerrogativa de receber esse tipo de proteção. Segundo o órgão, os "sujeitos" que podem receber escolta incluem membros do Ministério Público e magistrados em situação de risco, candidatos à Presidência da República e autoridades estrangeiras.
Em resposta a essa recusa, os líderes da CPI, Salles e Zucco, anunciaram que vão protocolar uma denúncia junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) e apresentar representações ao ministro da Justiça, Flávio Dino, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e à corregedoria da Polícia Federal. Ambos argumentam que o artigo 36 do regimento interno da Câmara prevê a concessão de escolta em casos como esse.