Dino abre investigação sobre suspeita de fraude de licitação da COP30

Pedido de investigação foi feito pela PGR em 26 de fevereiro deste ano

Por Da Redação
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Dino abre investigação sobre suspeita de fraude de licitação da COP30

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investigar um suposto grupo criminoso que teria cometido fraude de licitação no valor de R$ 142 milhões da COP30, a conferência do clima que será realizada em Belém (PA) dos dias 10 a 21 de novembro.

A organização criminosa atuante no Pará teria ainda arregimentado policiais para fazer saques milionários e cometido crimes eleitorais.

O pedido de investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em 26 de fevereiro deste ano. O inquérito foi aberto em março. Gonet apontou indícios de que o deputado Antônio Doido (MDB-PA), que tem prerrogativa de foro perante o STF, comanda o esquema.

Além do deputado, são investigadas outras 11 pessoas, incluindo o secretário de Obras Públicas do Pará, Ruy Cabral, e o policial militar Francisco de Assis Galhardo do Vale, apontado como segurança do parlamentar.


Deputado federal Antônio Doido (MDB-PA). Foto: Câmara dos Deputados

O inquérito está sob sigilo e foi revelado pelo site "Metrópoles". O deputado Antônio teria ligação com as duas empresas que formaram consórcio e apresentaram a proposta milionária em setembro de 2024, a A J. A Construcons Civil Ltda e a JAC Engenharia Ltda.

Em 4 de outubro de 2024, o coronel Galhardo e Geremias Hungria, o dono formal da JAC Engenharia, foram presos em flagrante ao sacarem quase R$ 5 milhões em um banco de Castanhal.

A PF chegou até eles por meio de uma denúncia anônima. Na ocasião, a suspeita era de que o dinheiro vivo sacado seria usado para comprar votos nas eleições que se aproximavam.

A J. A Construcons Civil Ltda participa de outra obra da COP 30, essa com recursos federais, segundo relatório do governo estadual: a de infraestrutura dos canais do Bengui e Marambaia e de adequação viária da rua das Rosas, em Belém, a um custo de R$ 123,3 milhões.

Esse contrato não é citado como suspeito pela PGR, mas o órgão pediu ao STF o aprofundamento das investigações justamente para tentar descobrir se o dinheiro movimentado pelo grupo saiu de outras obras tocadas pelas empresas suspeitas.


 

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