Diretor da OMS se diz 'desapontado' por China não permitir que entidade faça checagem de origem da Covid-19

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (6), "estar desapontado" com as autoridades da China, pelo fato de não terem permitido ainda a entrada de especialistas da entidade que vão examinar as origens da Covid-19.

"Hoje soubemos que as autoridades chinesas ainda não finalizaram as permissões necessárias para a chegada da equipe à China", disse Tedros durante uma conferência de imprensa, em Genebra. "Estou muito desapontado", completou. 

Por outro lado, entretanto, a China negou ter impedido a entrada dos profissionais no país. "A China está em contato com a OMS para que especialistas possam visitar o país. A China está trabalhando muito nas tarefas de prevenção, mas ainda enfrenta dificuldades para acelerar os preparativos, algo que a OMS sabe perfeitamente bem", explicou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying.

Hua afirmou que é necessário concluir os procedimentos necessários para, por fim, tomar as medidas cabíveis. "Nunca houve qualquer problema de cooperação entre a China e a OMS. (...) As duas partes estão em contato para marcar uma data e preparar a visita", pontuou.

O chefe das emergências da OMS, Michael Ryan, também se queixou sobre a demora das aprovações necessárias para os especialistas iniciarem as investigações, concedidas pela China, incluindo a emissão de vistos.

A missão de investigação vai contar com dez cientistas que serão deslocados da Dinamarca, Reino Unido, Holanda, Austrália, Rússia, Vietnã, Alemanha, Estados Unidos, Qatar e Japão.

Possíveis origens do vírus

A impensa local e as autoridades chinesas têm apontado que a origem externa do vírus tenha sido através da importação de alimentos congelados, mas possibilidade foi rejeitada pela OMS. Países como a Itália, Estados Unidos e Índia também foram vistos como locais com grande possibilidade de ser a origem da doença.