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Bahia

Diretor de presídio de Feira de Santana é acusado de agredir advogado; OAB pede afastamento do gestor

Membros da entidade protestaram na porta da unidade prisional, na tarde de quinta-feira (5)

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Diretor de presídio de Feira de Santana é acusado de agredir advogado; OAB pede afastamento do gestor

Foto: Reprodução/TV Bahia

O diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana, José Freitas Júnior, é acusado de agredir um advogado criminalista. A situação aconteceu na quarta-feira (4) e foi registrada pela suposta vítima em um vídeo que circula nas redes sociais. 

A confusão teria começado quando o advogado Jan Clay Alves utilizava o celular na área administrativa do presídio, onde, de acordo com ele, é permitido. Nas imagens, é possível ouvir José Freitas gritando: “Se respeita no seu lugar!”, depois de dar um tapa no telefone do advogado, que havia cobrado mais agilidade em demandas na unidade.

Conforme a Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA), houve ainda uma tentativa de imobilização do advogado, supostamente conduzida pelo diretor da unidade prisional e outras pessoas não identificadas.

Em reposta à situação, membros da OAB-BA protestaram na frente da unidade prisional. Além de protocolar um pedido de afastamento do diretor do Conjunto Penal junto à Corregedoria, a entidade acionou o Ministério Público da Bahia para apuração do crime de abuso de autoridade.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Polícia Penal da Bahia se manifestaram sobre o assunto e defenderam José Freitas. Conforme a Seap, o advogado realizou uso do celular em uma área restrita e  desrespeitou o diretor da unidade. 

Já a Polícia Penal afirmou que foi registrada uma situação de desrespeito às normas internas, onde o advogado insistiu em utilizar o celular, tentando fazer filmagem privada dos Policiais enquanto “debochava” deles.

Em nota, José Freitas Júnior, negou as acusações de agressão e afirmou que agiu para coibir o uso indevido de celular em área restrita da unidade prisional, o que teria sido insistido pelo advogado Jan Clay Alves, mesmo após alerta sobre a proibição.

“Não restando outra alternativa, utilizei uso progressivo e necessário para conter a filmagem, após adverti-lo verbalmente pedindo respeito às regras estabelecidas”, afirmou o diretor.

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