Diretor-executivo da transparência internacional nega recebimento de recursos em acordos de leniência no Brasil
Bruno Brandão disse ainda que ONG não é partidária
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O diretor-executivo da Transparência Internacional, Bruno Brandão, negou, nesta segunda-feira (5), que a ONG tenha recebido qualquer valor de acordos de leniência no Brasil. Ele afirmou que a decisão do ministro do STF, Dias Toffoli, de investigar a organização deixou a entidade surpresa, já que os documentos públicos explicitavam a vedação de qualquer repasse à Transparência Internacional e não previam nenhum papel gestor para a organização.
"São acusações falsas e levianas. Jamais recebemos qualquer recurso e nossas contas estão abertas, auditadas de forma independente e publicadas.", afirmou em entrevista à Globo News.
O diretor-executivo ressaltou que a Transparência Internacional não é partidária e destacou que nos últimos quatro anos a organização criticou o governo Bolsonaro. Toffoli determinou a investigação sobre se a ONG recebeu valores indevidos dos acordos da Lava Jato, alegando que cláusulas apontam que os recursos foram para a organização, ao invés do Tesouro Nacional.
A decisão do ministro atendeu a uma notícia-crime apresentada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP). Esta ocorre após a ONG criticar a decisão de Toffoli de suspender multas aplicadas à J&F e à Odebrecht. A Transparência Internacional rebaixou o Brasil em um ranking de corrupção e afirmou que as decisões monocráticas do ministro impactaram a imunidade de casos de corrupção.
Brandão rebateu as acusações, classificando-as como falsas e levianas. Ele reiterou que a Transparência Internacional nunca receberia fundos e enfatizou a clareza dos documentos sobre os limites e as propostas da operação.