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Diretor-geral da PRF pede desculpas à família por morte de Genivaldo Santos

Antônio Fernando Oliveira anuncia medidas contra violência

Por Da Redação
Ás

 Diretor-geral da PRF pede desculpas à família por morte de Genivaldo Santos

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, pediu desculpas à família de Genivaldo Santos nesta quinta-feira (25), um ano após a morte do homem durante uma abordagem policial em Sergipe. Genivaldo, que sofria de esquizofrenia, faleceu asfixiado depois que os policiais detonaram uma bomba de gás lacrimogêneo dentro do porta-malas da viatura onde ele estava detido. O caso, ocorrido em 25 de maio de 2022 em Umbaúba (SE), ganhou repercussão internacional devido à brutalidade envolvida.

A perícia realizada pela Polícia Federal confirmou que os gases causaram o colapso dos pulmões de Genivaldo. Os três policiais envolvidos no caso, William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento, estão presos desde outubro do ano passado.

"Este fato é traumático para a instituição. É ainda mais traumático para a família. Por isso, expresso minha consternação, minha solidariedade à família e formalizo o pedido de desculpas. É um acontecimento que não desejamos que se repita", declarou Oliveira aos jornalistas.

O diretor-geral da PRF fez essas declarações após um evento no qual foi anunciado um plano para que os policiais rodoviários federais passem a utilizar câmeras em seus uniformes durante o trabalho. Oliveira acredita que o uso das câmeras ajudará a evitar casos de violência nas abordagens policiais. No entanto, o projeto ainda está em fase de estudos, e a licitação para a compra dos equipamentos está prevista para abril de 2024.

Entre as medidas já adotadas nos últimos meses para evitar novos casos de violência durante as abordagens, o diretor-geral da PRF destacou a criação de uma Coordenação-geral de Direitos Humanos dentro da instituição. Além disso, foi reintroduzida a disciplina de direitos humanos no curso de formação dos policiais rodoviários federais.

Em relação ao caso de Genivaldo, Oliveira afirmou acreditar que os três policiais envolvidos estavam sob estresse elevado devido ao assassinato de dois colegas ocorrido no Ceará poucos dias antes.

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