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Diretoria da Fundação Saúde pede exoneração após escândalo dos órgãos com HIV

Demissão em massa ocorre na PCS Lab Saleme, empresa envolvida no fornecimento de laudos falsos.

Por Da Redação
Ás

Diretoria da Fundação Saúde pede exoneração após escândalo dos órgãos com HIV

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A diretoria da Fundação Saúde, empresa pública do governo do estado do Rio de Janeiro, colocou o cargo à disposição do governador Cláudio Castro (PL), nesta segunda-feira (21). A medida foi tomada após o escândalo que revelou a liberação de órgãos infectados com HIV para transplante, envolvendo o laboratório PCS Lab Saleme, contratado para realizar a sorologia dos órgãos doados.

O governador aceitou a demissão da cúpula da Fundação Saúde e determinou a exoneração de todos os diretores, incluindo João Ricardo da Silva Pilotto, responsável pela diretoria executiva. Também foram dispensados os diretores do setores administrativo e financeiro, de recursos humanos, planejamento e gestão técnico-assistencial e jurídico. 

O escândalo veio à tona há cerca de 10 dias, quando foi revelado que o laboratório, contratado em dezembro de 2022 por R$ 11 milhões, emitiu laudos incorretos sobre a sorologia dos órgãos doados. A Polícia Civil decidiu desmembrar o procedimento de apuração e instaurou um novo inquérito para investigar a contratação do PCS Lab Saleme, enquanto o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) também abriu uma investigação sobre o processo de contratação.

O PCS Lab Saleme tem como sócios Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, primo do ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro e atual deputado federal Doutor Luizinho, e Walter Vieira, casado com a tia de Luizinho. O laboratório foi contratado três meses após a saída de Doutor Luizinho da secretaria de Saúde, em setembro de 2023, e entre 2022 e 2024 recebeu cerca de R$ 20 milhões em pagamentos, conforme dados do Portal da Transparência.

A irmã de Luizinho, Débora Lúcia Teixeira, também trabalha na Fundação Saúde, o que levantou questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse na contratação do laboratório. As autoridades continuam investigando o caso para esclarecer as circunstâncias da contratação e os erros nos laudos emitidos.

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