Dívida pública brasileira aumenta e atinge R$ 6,03 trilhões em abril
Emissões de títulos e juros contribuem para o crescimento do endividamento
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A dívida pública brasileira registrou um aumento de 2,38% em abril deste ano, alcançando o valor de R$ 6,03 trilhões, conforme divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29). No mês anterior, o endividamento estava em R$ 5,892 trilhões.
A dívida pública federal é contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo, cobrindo as despesas acima da arrecadação com impostos e contribuições. Os valores incluem tanto o endividamento interno quanto o externo, sendo que a maior parte da dívida é nacional.
De acordo com o Tesouro Nacional, o aumento de R$ 140,12 bilhões no estoque da dívida em abril, em comparação com março deste ano, ocorreu devido a dois fatores principais: emissão líquida de R$ 92,30 bilhões em títulos da dívida do governo federal, a maior desde junho de 2021; apropriação positiva de juros, totalizando R$ 48,15 bilhões, que representa a incorporação das taxas que corrigem os juros da dívida pública.
Os dados do Tesouro também indicam que o custo médio da dívida pública federal, acumulado em 12 meses, caiu de 11,10% em março para 10,68% ao ano em abril.
Reserva de liquidez
A reserva de liquidez da dívida pública apresentou um aumento de 8,19% em abril, passando de R$ 973,56 bilhões em março para R$ 1.053,32 bilhões.
Essa reserva de liquidez refere-se ao valor em caixa destinado ao pagamento da dívida e aos recursos provenientes da emissão de títulos.
O Tesouro informou que o nível atual de reserva garante o pagamento dos próximos oito meses e meio de vencimentos da dívida.
Previsão para o ano
Conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado pelo Tesouro Nacional, estima-se que a dívida encerre o ano de 2023 entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões. O PAF é um documento que estabelece os objetivos, diretrizes e metas para a gestão da dívida pública federal.