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Economia

Queda no volume de lançamentos imobiliários no Brasil sinaliza escassez e aumento de preços

Dados da CBIC revelam redução de 44,4% no primeiro trimestre de 2023

Por Da Redação
Ás

Queda no volume de lançamentos imobiliários no Brasil sinaliza escassez e aumento de preços

Foto: Diogo Moreira/Divulgação Governo de São Paulo

O volume de lançamentos imobiliários no Brasil registrou uma queda significativa no primeiro trimestre de 2023, totalizando 48.554 unidades, o que representa uma diminuição de 44,4% em relação aos últimos três meses de 2022 (87.315 unidades), de acordo com dados divulgados nessa segunda-feira (29), pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

Celso Petrucci, vice-presidente da área de Indústria Imobiliária da CBIC, ressalta que esses números indicam um volume total baixo de 273 mil unidades ainda disponíveis para venda no país, o que pode resultar em um aumento no custo da aquisição da casa própria.

"Se essa tendência de queda nos lançamentos continuar, haverá escassez de unidades disponíveis para venda e, consequentemente, um aumento de preços acima do esperado", afirma Petrucci ao apresentar os resultados do mercado imobiliário.

Em comparação ao mesmo período do ano anterior, a redução no volume de lançamentos no Brasil foi de 30,2%. "Se não fosse pela cidade de São Paulo, a queda no país teria sido de 38,8%", destaca Fábio Tadeu Araújo, presidente da Brain Inteligência Corporativa.

Ao analisar as diferentes regiões do Brasil, observa-se a maior redução no volume de lançamentos nos estados do Norte, com uma queda de 86,9% (de 3.041 para 399 unidades). Em seguida, vêm o Sudeste (-44,9%), Centro-Oeste (-42,4%), Sul (-40,1%) e Nordeste (-39,7%).

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor da construção registrou um total de 288 mil unidades lançadas, o que representa um nível similar ao início de 2021.

Vendas

Os números também revelam uma queda no número de unidades vendidas em comparação anual (-9,2%) e em relação ao último trimestre de 2022 (-5,2%). Representantes do setor classificam esses resultados negativos como reflexo da insegurança presente na economia nacional.

Entre janeiro e março deste ano, os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 51,2 bilhões, registrando a maior retirada da série histórica iniciada em 1995, segundo o Banco Central.

Segundo a associação, a leve queda no número de vendas indica que ainda há demanda por moradias no Brasil. "O mercado permanece saudável e equilibrado, pois há uma demanda potencial. O que falta é a confiança do empresário, o que refletirá no mercado futuro."

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