Documentarista que desistiu de viajar ao Titanic no submarino da OceanGate, diz que submersível era uma bomba-relógio
Documentarista que desistiu de viajar ao Titanic no subarino da OceanGate, diz que submersível era uma bomba-relógio
Foto: Reprodução/Pexels
O documentarista, Brian Weed, compartilhou a experiência com o submarino Titan, da OceanGate, em uma entrevista ao jornal britânico The Daily Mail. O submarino, que estava em uma missão para explorar os destroços do Titanic, implodiu, resultando na morte de todos os cinco ocupantes a bordo.
O documentarista, que havia sido convidado para uma viagem anterior, descreveu a embarcação como uma “bomba-relógio” e criticou o proprietário da empresa, Stockton Rush, por priorizar a economia em detrimento da segurança.
“Eu soube imediatamente, sabia que era desastroso. Aquele submarino era uma bomba-relógio e Stockton era um cowboy. Ele estava economizando e fico com raiva porque as pessoas não entendiam o risco que corriam”, disse.
O documentarista decidiu não participar da expedição que seria filmada para o Discovery Channel após vivenciar uma situação desconfortável durante um teste. Ele relatou que enfrentou problemas técnicos e condições adversas, o que o levou a questionar a segurança da operação.
Weed ficou alarmado ao ouvir sobre a falta de oxigênio disponível em caso de emergência, caso a equipe não fosse resgatada rapidamente. “Perguntei o que aconteceria se algo desse errado e conseguíssemos emergir, mas não fôssemos encontrados rapidamente e o oxigênio acabasse. Ele disse, com naturalidade: ‘Bem, você estaria morto”, relembrou.
“Ele desceu aquela coisa tantas vezes e nunca substituiu o casco”, finalizou Weed, que também relatou que dentro do submersível era “frio, estava escuro e estranho, havia uma vigia, mas não dava para ver nada dela. Estávamos sentados no chão, não havia cadeiras, nem almofadas”, conta.
A OceanGate é conhecida por oferecer passeios ao local do naufrágio do Titanic, com preços que giram em torno de US$ 250 mil por passageiro, fundada em 2009. A empresa tem atraído a atenção de aventureiros e turistas interessados em explorar as profundezas do oceano, mas a tragédia recente levanta sérias questões sobre a segurança das operações.