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Documento revela que governo Lula ignorou protocolo de segurança no Palácio durante invasão do dia 8 de janeiro

Plano Escudo é classificado como "secreto"

Por Da Redação
Ás

Documento revela que governo Lula ignorou protocolo de segurança no Palácio durante invasão do dia 8 de janeiro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um documento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência aponta que o governo Lula ignorou o protocolo de defesa que deveria ter sido acionado no dia 8 de Janeiro. O Plano Escudo, classificado como "secreto" e com sigilo de 15 anos, traz diretrizes específicas para situações de risco ao Palácio do Planalto.

O Plano Escudo prevê a atuação conjunta das tropas de choque do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), do Batalhão de Polícia do Exército (BPE) e do 1º Regimento de Cavalarias de Guardas do Exército (1RCG) para evitar invasões. Entretanto, no dia 8 de Janeiro, apenas o BGP estava de prontidão quando o Palácio foi invadido.

Além disso, o protocolo estabelece a formação de quatro barreiras de contenção, denominadas "linha branca", "linha verde", "linha azul" e "linha vermelha", para impedir o acesso de invasores ao Planalto. As linhas branca e verde seriam compostas por policiais militares do Distrito Federal, que deveriam receber orientação da Coordenação-Geral de Segurança de Instalações do GSI. No entanto, essa orientação não foi providenciada.

A falha no cumprimento do Plano Escudo foi admitida pelo próprio general Gonçalves Dias, chefe do GSI de Lula no dia 8 de Janeiro, durante depoimento à CPI do Distrito Federal. Segundo ele, as barreiras de bloqueio não foram montadas conforme o protocolo determinava.

As barreiras das "linha azul" e "linha vermelha", compostas por militares do Exército, devem ser acionadas caso as linhas branca e verde sejam rompidas. No entanto, essas duas camadas não foram formadas no dia em questão, conforme relatado pelo major do GSI, José Eduardo Natale, que foi flagrado dando água aos invasores.

O Plano ainda afirma que cabe ao Departamento de Segurança Presidencial determinar o efetivo nas portas do Planalto, podendo variar de um pelotão a um batalhão. Todos os batalhões devem estar prontos para atuação em tempo médio de 25 minutos após o acionamento, sob a coordenação da Coordenação-Geral de Operações de Segurança Presidencial (CGOSP).

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência informou, por meio de nota, que o Plano Escudo é um documento operacional de classificação sigilosa. Os eventos relacionados ao dia 8 de Janeiro foram objeto de uma sindicância investigativa, cujos autos foram encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito conduzido pela Corte.

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