Dois de Julho e os heróis de hoje
Confira o editorial desta sexta-feira (2)

Foto: Divulgação
Neste 2 de julho de 2021, não haverá fogos – simbólicos – saindo de Cachoeira, atos no Largo da Lapinha e tampouco o Centro Histórico de Salvador estará enfeitado e preparado para receber desfile ou mesmo qualquer soteropolitano que eventualmente sairia às ruas nesta sexta-feira para os festejos alusivos à Independência da Bahia.
É o segundo ano sem celebrações do Dois de Julho, evidente, devido à persistência da pandemia da Covid-19 não só não Bahia, mas no mundo. O momento sugere, mesmo, que os baianos apenas interiorizem a importância da data de suas casas.
A data representa uma simbólica vitória do povo baiano, em 1823, frente o exército português após o Grito do Ipiranga. Após o elucidativo e às vezes enfadonho 7 de setembro de 1822, grande parte das regiões Norte e Nordeste haviam continuado em poder dos portugueses e foi necessário muito suor e sangue para se desfazer amarras coloniais.
Hoje, rememorar a Independência da Bahia, no contexto da pandemia, sugere pensar na figura dos chamados heróis, os personagens históricos cuja resiliência, propósito e coragem se perpetuaram e explicam, ao longo dos anos, o orgulho de um povo.
Se em 1822 e 1823 os heróis foram Maria Quitéria, Joana Angélica, Maria Felipa, Corneteiro Lopes, General Labatut e José Joaquim De Lima e Silva, em 2021 são as Marias, Jonas, Josés e Joaquins que trabalham no front da ciência e da saúde para acalentar ou salvar vidas contra a disseminação da Covid-19.
E não à toa este é o tema deste Dois de Julho segundo a Fundação Gregório de Mattos (FGM), órgão municipal responsável pela festa cívica alusiva à data.
Com o tema “A Chama da Esperança”, a edição deste ano homenageia tanto a atuação dos heróis da independência como reverencia os profissionais de saúde. Uma demonstração de reconhecimento da luta dessas pessoas pela vida da população.