Dois dias após briga, Musk recua e apaga publicação em que associa Trump a caso Epstein

Dois dias após briga com Donald Trump pelas redes sociais, o bilionário Elon Musk deletou neste sábado (7) uma publicação que relacionava o presidente dos Estados Unidos ao caso Epstein.

Na quinta-feira (5), Musk afirmou, por meio do X (antigo Twitter), que Trump é mencionado nos arquivos relacionados ao esquema de tráfico sexual do financista Jeffrey Epstein (1953-2019).

"Hora de soltar a bomba: @realDonaldTrump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos", escreveu Musk.

No escândalo, Epstein foi acusado de ter abusado de mais de 250 meninas menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual.

O governo Trump publicou documentos da investigação, porém, as informações frustraram os eleitores do republicano por não apresentar nada de novo. Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu divulgar uma lista de amigos e clientes que teriam viajado à ilha particular de Epstein para ter encontros sexuais com menores de idade.

A briga

O embate entre Trump e Musk começou após o bilionário tecer críticas ao megaprojeto de lei orçamentária que Trump está promovendo no Senado americano. Em publicação nas redes sociais, o bilionário chamou o projeto de "abominação repugnante".

"Desculpe, mas eu simplesmente não suporto mais. Esse enorme e ultrajante projeto de lei do Congresso, cheio de gastos excessivos, é uma abominação repugnante. Que vergonha para quem votou a favor: vocês sabem que erraram. Vocês sabem disso", escreveu Musk, no X.

Trump rebateu afirmando estar "muito decepcionado" com as críticas de Musk ao seu megapacote orçamentário. Ele chamou Musk de "louco" e afirmou que pediu ao bilionário que deixasse seu governo, além de ameaçar retirar os contratos públicos dele.

Após a troca de farpas, as ações da Tesla despencaram 14,26%, perdendo mais de US$ 150 bilhões em valor de mercado. Além disso, a fortuna de Musk perdeu US$ 26,6 bilhões.