Dólar dispara globalmente nesta segunda-feira (3) com 'tarifaço' de Trump

O dólar disparou globalmente na manhã desta segunda-feira (3), sob impacto da guerra tarifária deflagrada por Donald Trump no fim de semana. 

Trump impôs tarifas de 10% aos produtos vindos da China e de 25% para as importações do México e do Canadá — com 10% sobre o petróleo canadense. 

Os três países são os principais parceiros comerciais dos EUA. As medidas começam a valer na terça-feira (4) e cumprem uma das maiores promessas de campanha do presidente.

Após os anúncios, o dólar vive um dia de alta pelo mundo, enquanto as bolsas de valores operam em queda. Na Ásia, onde os mercados já fecharam, o dia foi de baixa generalizada. 

A moeda canadense caiu para seu nível mais fraco desde 2003. O euro despencou, aproximando-se da paridade com o dólar. Fabricantes de automóveis, ações de tecnologia e mineradoras lideraram uma queda de 1,6% no índice de referência Stoxx Europe 600. O Bitcoin despencou, enquanto o petróleo bruto subiu e os metais industriais caíram.

No Brasil, às 10h15, o dólar subia 0,41%, cotado a R$ 5,8613. Na última sexta-feira (31), a moeda fechou em queda de 0,25%, cotada a R$ 5,8372.
Com o resultado, acumulou queda de 1,37% na semana e recuo de 5,54% no mês e no ano.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,  caía 0,25%, aos 125.825 pontos, também às 10h15. Na sexta, o índice fechou em queda de 0,61%, aos 126.135 pontos.

Como resposta a Trump, o Canadá anunciou a imposição de tarifas de 25% à produtos exportados dos EUA para o país. O México afirmou que estuda medidas tarifárias e não tarifárias. Já a China disse que as tarifas americanas violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que vai recorrer à autoridade. 

No domingo (2), Trump disse que os EUA pode até enfrentar "alguma dor" com as taxas, mas que "valerá a pena o preço que devemos pagar".