Dólar fecha em queda no Brasil e Ibovespa também registra baixa
Moeda americana foi cotada a R$ 4,7662 na venda
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O dólar encerrou a segunda-feira (26) com uma leve queda no mercado brasileiro. Durante a sessão, a moeda americana oscilou em margens estreitas, enquanto os investidores repercutiam notícias externas e mantinham uma visão favorável em relação ao real, o que segurou as cotações. No fechamento, o dólar à vista foi cotado a R$ 4,7662 na venda, registrando uma baixa de 0,24%.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, também fechou em queda de 0,63%, aos 118.228,71 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro negociado atingiu R$ 17,4 bilhões. Refletindo movimentos de correção, especialmente em ações cíclicas domésticas.
No entanto, a Petrobras teve um desempenho positivo, encerrando o dia com alta de cerca de 2%.
Essa queda ocorre após o Ibovespa acumular um ganho de quase 10% em junho até a última sexta-feira, impulsionado, em grande parte, pelo fluxo de capital estrangeiro para as ações brasileiras, que registra um saldo positivo de R$ 6,87 bilhões no mês até o dia 22.
A realização de lucros também foi observada no pregão devido a divulgações relevantes previstas para a última semana do semestre, que devem influenciar as expectativas em relação aos próximos passos do Banco Central.
Em relação ao cenário externo, pela manhã, o dólar chegou a ensaiar uma alta em relação ao real, com as cotações repercutindo a turbulência na Rússia. No entanto, o motim armado convocado pelo chefe do grupo WagnerYevgeny Prigozhin, parece ter sido controlado durante o fim de semana, influenciando os negócios.
"Por um tempo achamos que a Rússia faria preço, mas o motim foi rapidamente debelado. Então, a previsão da S&P para o crescimento da China permeou um pouco os negócios", comentou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital.
A Standard & Poor's (S&P) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2023, de 5,5% para 5,2%, destacando a natureza desigual da recuperação após a reabertura do país. Essa foi a primeira redução desse tipo feita por uma agência de classificação de risco global este ano, seguindo as revisões feitas pelo Goldman Sachs e outros grandes bancos de investimento.
Essa ação da S&P gerou preocupações sobre a recuperação da economia chinesa, o que em alguns momentos pressionou as moedas de países exportadores de commodities, como o real brasileiro.
No entanto, ao longo do dia, o dólar perdeu força também no exterior, o que levou o dólar à vista a migrar para o terreno negativo no Brasil, devido à visão otimista em relação à economia brasileira. Essa perspectiva é sustentada por uma expectativa fiscal positiva e projeções de maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), conforme apontado pelo relatório Focus, entre outros fatores.
Durante a sessão, a moeda americana oscilou em margens estreitas, sem alterações significativas nas posições dos diferentes agentes. A variação do dólar entre a máxima e a mínima do dia foi de apenas 0,57%.
No cenário externo, durante a tarde, o dólar apresentava pouca variação em relação a uma cesta de moedas fortes e exibia sinais mistos em relação às moedas de países exportadores de commodities.