Dólar volta a subir e encerra o dia cotado a R$ 4,99

Em mais um dia de instabilidade no nervosismo no mercado internacional, o dólar voltou a subir e chegou ao patamar de R$ 4,991 ao final desta terça-feira (26), mesmo com o Banco Central (BC) intervindo no câmbio. Além disso, a bolsa de valores caiu pela sétima vez consecutiva, atingindo o menor nível desde o fim de janeiro.

O dólar comercial apresentou alta de R$ 0,115 (+2,36%) até o final do dia. A cotação operou em alta durante toda a sessão e não ultrapassou a casa dos R$ 5 porque o BC realizou um leilão extra de US$ 500 milhões em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

Nas soma das últimas três sessões, a moeda norte-americana acumula alta de 8,04%. A divisa acumula alta de 4,83% em abril e queda de 10,49% em 2022.

Sobre a bolsa de valores, o índice Ibovespa, maior  indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3, fechou o dia aos 108.213 pontos, com queda de 2,23%. O indicador caiu devido às ações de bancos brasileiros, que divulgaram lucros menores que o previsto.

Dentre os fatores que contribuíram para a instabilidade do mercado financeiro global nos últimos dias, está o aumento no número de casos de Covid-19 na China e as medidas de lockdown adotadas em Xangai que provoca queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) que são exportadas pelo Brasil.

Outro fator está relacionado às declarações recentes de diretores do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) de que o órgão pode aumentar os juros básicos norte-americanos além do esperado a fim de conter a inflação no país, que está no maior nível em 40 anos.

As expectativas de juros mais altos pelo Fed também afetaram as bolsas norte-americanas. Por exemplo, o índice Dow Jones, das empresas industriais, caiu 2,38% hoje. Já o S&P 500, das 500 maiores empresas, recuou 2,81%, e o Nasdaq, das empresas de tecnologia, teve perda de 3,95%.