Dono da Precisa movimentou mais do que declarou receber, diz Receita Federal à CPI da Covid
A empresa negociou em março, a venda da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde, o contrato hoje está suspenso
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A Receita Federal enviou uma análise à CPI da Covid na qual afirma que os ganhos financeiros do empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, são incompatíveis com os rendimentos declarados no Imposto de Renda em 2020.
Em março deste ano, a Precisa Medicamentos negociou a venda da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde, o contrato hoje está suspenso.
Segundo a Receita Federal, "a movimentação financeira no período em análise é superior aos rendimentos totais líquidos". Na conta de Maximiano, houve movimentação de R$ 3,9 milhões em 2020, o valor é oitenta vezes maior que os R$ 48,5 mil líquidos que o empresário declarou receber naquele ano da Global Gestão Saúde, empresa do grupo da Precisa, e sua única fonte de renda declarada.
Maximiano se manifestou por meio da assessoria da Precisa Medicamentos. "Causa perplexidade o vazamento de informações fiscais sigilosas no âmbito da CPI. Não obstante, a defesa ressalta que as diferenças nos dados enviados aos Fisco já foram sanadas junto à Receita Federal", disse a empresa em nota enviada ao GLOBO.
