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Dono de sítio é preso suspeito de abrigar os dois foragidos de Mossoró

Homem teria recebido R$ 5 mil para ajudar a dupla, segundo a PF; ele nega 

Por Da Redação
Ás

Dono de sítio é preso suspeito de abrigar os dois foragidos de Mossoró

Foto: Divulgação | Secretária Nacional de Politicas Penais

O dono de um sítio suspeito de abrigar os dois foragidos do presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi preso nesta segunda-feira (26) pela Polícia Federal. O homem teria mantido os detentos por oito dias na propriedade.

Identificado como Ronaildo da Silva Fernandes, de 38 anos, o homem é o quinto preso sob suspeita de ajudar os foragidos Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho. 

Os dois detentos, que são integrantes da organização criminosa Comando Vermelho, comandada por Fernandinho Beira-mar, que também está preso em Mossoró, fugiram do presídio federal de segurança máxima na madrugada do dia 14 de fevereiro. Uma força-tarefa foi montada para fazer as buscas.

O sítio onde os detentos ficaram escondidos fica na zona rural de Baraúna (RN), a cerca de 30 km da penitenciária de Mossoró. Segundo a Polícia Federal, o dono da propriedade recebeu R$ 5 mil dos criminosos para que eles ficassem em uma cabana do local. Durante os oito dias, Rogério e Deibson foram alimentados e conseguiram cavar buracos para fugir dos agentes sem que fossem vistos pelos drones com sensores de temperatura. 

O dono do sítio foi até a polícia na sexta (23) e no sábado (24), quando prestou depoimento sob o argumento de que teria sido ameaçado pelos criminosos. A Polícia Federal verificou que havia informações inconsistentes nos relatos e pediu um mandado de prisão para a Justiça do RN, que foi deferido nesta segunda. 

De acordo com O Globo, Ronaildo Fernandes relatou em entrevista a jornalistas que os dois homens chegaram no dia 18 de fevereiro no sítio e o ameaçaram caso não os ajudassem. “Estava em casa com a minha esposa quando eles chegaram e invadiram a porta. Não mexeram com a gente, só pediram para ficarmos calmos e que fizéssemos o que eles pedissem. (Deram) garantia que ninguém mexeria com a nossa família, mas sabiam que eu trabalhava em oficina, sabiam quase dos meus passos todinhos”, disse o homem, que trabalha como mecânico.

Diariamente, o dono da propriedade deixava comida ao lado da cabana onde estavam os dois bandidos. “Me ameaçaram numa parte. Disseram que se fizesse o que estavam pedindo ninguém mexeria com a minha família”, completou. 

A Polícia Federal investiga a versão do dono do sítio, para saber se ele ajudou os bandidos ou se realmente foi obrigado a cooperar para garantir a segurança dele e da família. 

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