Donos de empresas são denunciados por comprar vacinas, afirma revista
Grupo do setor de transporte importou o imunizante e não fez a doação para o SUS
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Os donos da viação Saritur estão sendo denunciados por vender as vacinas contra a Covid-19 sem repassar para o SUS (Sistema Único de Saúde). Eles estariam beneficiando um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e os familiares.
As duas doses estavam sendo negociadas a 600 reais por pessoas. Uma garagem de uma empresa do grupo foi improvisada como posto de vacinação.
“Estou com 69 anos, minha vacinação [pelo SUS] seria na semana que vem, eu nem precisava, mas tomei. Fui convidado, foi gratuito para mim”, disse ele o ex-senador Clésio Andrade, ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em entrevista a revista Piauí.
O Congresso aprovou há cerca de vinte dias uma lei que autoriza a compra de vacinas pela iniciativa privada, no entanto as doses devem ser doadas ao SUS até que os grupos de risco tenham sido plenamente imunizados em todo o país.
A Pfizer disse, em nota, que “nega qualquer venda ou distribuição de sua vacina contra a COVID-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização. O imunizante COMIRNATY ainda não está disponível em território brasileiro. A Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 ao longo de 2021”.