Dor crônica afeta milhões de pessoas nos EUA e no Brasil, alertam especialistas

Cerca de 50 milhões de norte-americanos e 60 milhões de brasileiros vivem com dor crônica, afetando a qualidade de vida e levando a problemas de saúde mental. De acordo com especialistas, a dor crônica pode restringir ou até mesmo inviabilizar atividades diárias, e em casos mais graves, levar à depressão, abuso de substâncias e até mesmo risco de suicídio. Infelizmente, a dor crônica é comum entre idosos, e muitos consideram isso normal. 

Quando se trata de pacientes com câncer, a situação é ainda mais preocupante. De 60% a 80% dos pacientes com câncer sentem dor, e 90% das dores oncológicas são tratáveis. No entanto, na prática, muitos pacientes não recebem o tratamento adequado. A teoria da dor total destaca que a dor não é apenas um desconforto físico, mas também tem aspectos psicológicos, sociais e espirituais, e é crucial considerar todas essas dimensões ao tratar a dor.

Infelizmente, o controle da dor ainda é inadequado em muitos casos, devido à falta de habilidade dos profissionais de saúde, ao acesso limitado ao tratamento interdisciplinar e à opiofobia. Alguns profissionais de saúde temem que os pacientes se tornem dependentes de medicamentos para controle da dor, mas a utilização de abordagens multidisciplinares e terapias não medicamentosas é importante e pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.

Para garantir o bem-estar do paciente, é essencial que todos os profissionais de saúde que lidam com o doente trabalhem em conjunto. A International Association for the Study of Pain (IASP) elegeu 2023 como o ano global para o cuidado integrativo da dor, enfatizando a importância do autocuidado e das terapias não medicamentosas. É crucial que os pacientes não se contentem com menos e busquem o tratamento adequado para sua dor crônica. A dor não deve ser ignorada e deve ser tratada com a atenção e cuidado que merece.