Doria desmente Bolsonaro e diz que importação de insumos da China não foi realização do governo federal
Governador de SP afirma que toda negociação foi feita pelo Instituto Butantan e SP
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desmentiu o presidente Jair Bolsonaro, através de suas redes sociais, na noite de ontem (25), ao dizer que ao contrário do que Bolsonaro afirmou, toda a negociação para importação de insumos, necessários para a produção da vacina contra a Covid-19 no Brasil, comprados na China, foi realizado pelo Instituto Butantan e pelo seu governo, não pelo governo federal.
"Não é verdade o que disse o Presidente Bolsonaro em suas redes, de que a importação de insumos da China foi uma realização do Gov. Federal. Todo o processo de negociação com a China para liberação de insumos para a vacina do Butantan foi realizado pelo Instituto e pelo Gov. de SP", escreveu em sua conta.
Bolsonaro publicou, também em suas redes sociais, sobre a confirmação dos 5400 litros de insumos para a vacina CoronaVac que foram exportados da China. No post, ele ainda agradeceu a "sensibilidade do Governo da China e o empenho dos ministros do Itamaraty, Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura.
Doria ainda afirmou que a negociação entre São Paulo e China "nunca foi interrompida, mesmo quando o Governo Federal, através do presidente da República, anunciou publicamente em mais de uma ocasião, que não iria adquirir a vacina por causa de sua origem chinesa".
O governador também citou em sua publicação sobre os ataques de autoridades do governo federal à China e o quanto isso dificultou o processo de iniciação da parceria. "Se não fosse o esforço de São Paulo e a excelente relação de respeito que mantemos com a China, o principal parceiro comercial do Brasil, não teríamos iniciado ainda a vacinação dos brasileiros".
"Sem parasitismo dos negacionistas e oportunistas. Até aqui só atrapalharam nosso trabalho em prol da ciência e da vida. São engenheiros de obra pronta. Vergonha!", finalizou.