Dualismos da pandemia

É cada vez mais complexa a exigência da vacinação contra a Covid-19 – no mundo. Um estudo recém-divulgado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, mostrou que pessoas não vacinadas têm até 2,34 vezes mais chances de se reinfectarem.

Uma das possíveis leituras deste resultado é descartar a ideia da pessoa estar livre da Covid-19 depois de uma ou duas infecções. 

Acontece que o mesmo CDC dos EUA fez outra pesquisa, que mostrou considerações antagônicas às da citada acima: apontou que 74% dos infectados em um surto no estado de Massachusetts, no noroeste americano, estavam totalmente vacinados. 

Intrigou os pesquisadores o fato de que a quantidade de vírus nos vacinados e não vacinados da amostragem era a mesma.

A complexidade reside, enfim, em determinar quais procedimentos seguir enquanto a população é vacinada, ou, então, qual o limite da flexibilização enquanto os países ainda carecem de vacinas, por exemplo. 

Mesmo após quase dois anos, a ciência ainda encara um vírus que persiste e se mostra de difícil controle. Não à toa, mesmo com 50% da população norte-americana totalmente vacinada, o país voltou atrás com os mandatos de máscara.