Duas testemunhas são ouvidas nesta segunda (19) no Conselho de Ética da Câmara no processo contra a deputada Flordelis
A primeira testemunha foi o filho da deputada federal, que falou que Flordelis sabia do plano para a realização do crime
Duas testemunhas foram ouvidas nesta segunda-feira (19) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados no processo contra a deputada Flordelis (PSD-RJ), que é acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019. O primeiro foi o filho da deputada federal, Lucas dos Santos de Souza, que falou que Flordelis sabia do plano para a realização do crime e teria pedido, por carta, para que ele assumisse a autoria. A segunda foi Andrea Santos Maia, acusada de ter entregado a citada carta. Andrea negou ter entregado a correspondência.
Tanto Lucas quanto Andrea estão presos e participaram por videoconferência. Lucas é acusado de ter comprado a arma do crime, encontrada na casa de Flordelis. A própria deputada já foi ouvida pelo Conselho e alegou ser inocente e vítima de perseguição policial.
Flordelis continua filiada ao seu partido, o PSD, apesar da suspensão das atividades partidárias no dia 25 de agosto de 2020. "Pede-se que seja anotado nos registros dessa Casa Legislativa a medida disciplinar aplicada, sendo que o procedimento poderá ainda gerar a sua expulsão definitiva da legenda, o que será posteriormente informado, caso ocorra", registra o documento.
A assessoria nacional do partido informou ao Farol da Bahia no início deste mês que a definição, desde a suspensão, é aguardar o resultado do processo judicial. Como está suspensa, a deputada não pode falar em nome do partido, mas mantém as atividades legislativas normalmente.
O presidente do Conselho de Ética é o deputado federal Paulo Azi (DEM-BA), que presidiu a reunião de forma remota. O próximo encontro será na quinta (22), para ouvir mais uma testemunha, Roberta dos Santos.