Michel Telles

Duplamente motivado para buscar mais uma medalha paralímpica, Jovane Guissone é pai de gêmeas

Principal esperança brasileira de medalhas na esgrima em cadeira de rodas, atleta se emocionou com o parto, mas já voltou aos treinamentos intensos para a competição de julho

Por Michel Telles
Ás

Duplamente motivado para buscar mais uma medalha paralímpica, Jovane Guissone é pai de gêmeas

Foto: Divulgação

Jovane Guissone está duplamente motivado para mais uma conquista nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O atleta, campeão em Londres-2012, ganhou dois presentes na tarde de quinta-feira (13): as gêmeas Alícia e Cecília vieram ao mundo, no Hospital Regina, em Novo Hamburgo (RS). Ambas estão na UTI Neonatal em observação, mas passam bem.

No final da gestação da esposa, Kelly, os médicos detectaram um possível problema de colestagem, uma complicação hepática que causa intensa coceira e pode gerar problemas aos bebês. Por isso, as duas meninas tiveram o parto antecipado em quase um mês. Cecília nasceu primeiro, com 2,175kg, e a Alícia chegou com 2,295kg. A mãe também está com quadro de saúde sem maiores intercorrências.

“Além da correria dos treinamentos, estava na correria com a gravidez da Kelly. Era para ter vindo em junho e acabou vindo antes. O médico pediu exames de sangue e a pressão estava um pouco alta. Ele achou melhor fazer o parto o quanto antes”, relata Guissone.

O atleta garante que nenhuma emoção no esporte é comparável ao que viveu nesta semana: “Pude assistir ao parto, foi muito emocionante. Quando meu filho, Júnior, hoje com 9 anos, nasceu, não consegui assistir. O hospital não permitia a presença de cadeirantes no parto, por questões de segurança. Desta vez, consegui estar junto com ela o tempo todo. Foi uma experiência que eu jamais imaginava. Nasceram muito bem, são duas meninas muito lindas. Estou muito feliz mesmo”.

E a licença paternidade? Em ano de Paralimpíada, ele garante que não vai existir. Mesmo após toda a emoção do dia do nascimento das gêmeas, ele agora promete mais empenho, para as lágrimas voltarem em julho, no pódio.

“Foi uma emoção total. Era um chororô pra cá, um chororô pra lá, todo mundo chorava. Elas vieram para nos alegrar. Agora, volto aos meus treinos, pois a vida continua. Venho treinando forte, com o objetivo de ir bem nesta Paralimpíada. Já estarei treinando nesta sexta-feira”, afirmou.

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