Durante ligação com Biden, Lula cumprimenta presidente pela “magnânima” decisão de não concorrer a reeleição nos EUA
Presidentes de Brasil e Estados Unidos conversaram por cerca de 30 minutos por telefone
Foto: Ricardo Stuckert/ PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cumprimentou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela “magnânima” generosa decisão “quanto ao processo eleitoral americano”. Biden desistiu de concorrer à reeleição. As falas foram ditas nesta terça-feira (30), durante uma ligação entre os dois, que durou cerca de 30 minutos, de acordo com uma nota divulgada pelo Planalto.
Lula ainda “desejou sucesso para a democracia” dos Estados Unidos durante o pleito que está marcado para 5 de novembro.
Biden anunciou sua desistência em 21 de junho, porém comentou que ainda irá cumprir o restante de seu mandato. Ele ainda apoiou a candidatura de sua vice, Kamala Harris.
No decorrer, Lula afirma que a decisão do líder norte-americano foi pessoal porque somente ele sabia das suas reais condições para continuar, mas garantiu que as relações entre Brasil e Estados Unidos continuarão a ser “civilizadas” independentemente do vencedor da disputa presidencial.
Antes da desistência, o chefe do Executivo brasileiro declarava que votaria em Biden e torcia por sua vitória.
De acordo com o relato do governo brasileiro, Biden mencionou que as economias dos dois países estão indo bem que a parceria entre Brasil e Estados Unidos deve continuar crescendo.
Venezuela
Durante a ligação, os dois ainda conversaram sobre outros temas, como a questão da Venezuela. O presidente do Brasil, comentou que está acompanhando o processo eleitoral venezuelano por meio do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, enviado para Caracas.
O chefe do Executivo brasileiro informou que Amorim esteve com Nicolás Maduro, atual presidente, e Edmundo González, opositor derrotado no último domingo (28), segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão alinhado ao governo venezuelano.
Além de reforçar que a posição do Brasil de seguir trabalhando pela normalização do processo político no país vizinho, que terá efeitos positivos para toda a região. Também disse ser fundamental a publicação das atas eleitorais para acabar os questionamentos após o pleito, o que Biden concordou.