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Maduro compara manifestantes a "demônios" em discurso sobre a crise na Venezuela

Presidente reeleito fez analogia ao filme de terror

Por Da Redação
Ás

Maduro compara manifestantes a "demônios" em discurso sobre a crise na Venezuela

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a comentar sobre o momento crítico vivido pelo país nesta terça-feira (30), durante uma reunião com o Conselho de Estado. Ao falar sobre a contenção das manifestações de opositores, Maduro fez uma analogia com o filme "O Exorcista".

“Nos cabe controlar essa agitação e esses ataques. Hoje, terça-feira, as cidades começam a dar os primeiros passos para a normalização. E quando digo isso, os demônios tratam como se fossem o exorcista e começam a girar a cabeça das pessoas. Parece o filme ‘O Exorcista’, quando o padre mostra o crucifixo, convencendo o diabo, enquanto a menina tem a cabeça ali girando e tenta convencer de que o demônio precisava agir. (…) O padre é a cura e, nesse momento, ele [demônio] sai em disparada, pula da janela e cai. E isso é bastante simbólico para a Venezuela atual: a saída do diabo, caindo…”, expressou o presidente.

Para Maduro, os manifestantes são “os últimos representantes do demônio”, mas que já estão sendo controlados. “A batalha de 28 de julho [eleições] é a batalha definitiva contra o fascismo, contra o ódio, contra a intolerância e contra aqueles que querem me impor uma guerra civil na Venezuela, que querem trazer a divisão e o enfrentamento aos venezuelanos”, complementou.

Protestos

Os protestos contrários à reeleição de Maduro continuam ocorrendo em várias partes do país, apesar da forte reação militar. Até esta terça-feira, pelo menos 749 pessoas foram detidas durante os atos, de acordo com o procurador-geral do país, Tarek William Saab. ONGs venezuelanas também relataram quatro mortes registradas nos confrontos.

Acusações contra os EUA

No discurso, Maduro voltou a mencionar a suposta ligação entre os movimentos de oposição e os Estados Unidos. “O imperialismo dos EUA, o narcotráfico da Colômbia e a direita extremista de todo o mundo estão contra a Venezuela, porque creem que podem tomá-la. E com todas essas campanhas feitas nas redes sociais para influenciar a sociedade”, disse o presidente.

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