'É abuso de poder', diz Moro ao mencionar que sofre perseguição do TCU
O ex-juiz negou ter qualquer relação ilícita com a consultoria Alvarez & Marsal
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) se defendeu, nesse domingo (30), das suspeitas envolvendo seu contrato de trabalho com a consultoria Alvarez & Marsal. Na ocasião, ele negou ter qualquer relação ilícita com a empresa e atrelou as acusações ao futuro adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Quem fala que eu prestei serviço para a Odebrecht mente. Quem prestou serviço para a Odebrecht foi o Lula", disse ao programa Canal Livre, da Bandeirantes.
Moro também afirmou estar sofrendo perseguição do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o suposto conflito de interesse durante o período em que trabalhou na consultoria. O órgão solicitou acesso aos valores envolvidos no encerramento da prestação de serviço do ex-juiz, após acatar as demandas do sub procurador-geral Lucas Furtado.
Na última sexta-feira (28), durante uma live, Moro afirmou que recebeu, ao todo, R$ 3,65 milhões da Alvarez & Marsal. O contrato vigorou por pouco menos de um ano, sendo encerrado em outubro de 2021.
O argumento dado pelo ex-juiz é que a consultoria foi escolhida pelo juiz da recuperação judicial para cuidar de um processo, e não diretamente pela empreiteira. "Existe sim uma perseguição porque o TCU não tem nenhuma competência para realizar esse tipo de trabalho, não tem atribuição para investigar a relação privada (...) O que existe aqui é abuso de poder", completou.