‘É direito de qualquer pessoa ser conservadora, mas não tramar contra a democracia’, diz Wagner sobre Bolsonaro

O senador Jaques Wagner (PT-BA) comentou nesta terça-feira (22), durante coletiva de imprensa em Salvador, o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado. Para o parlamentar, as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) demonstram que não se trata de um embate entre esquerda e direita, mas de um debate sobre o que é ou não democrático.

Wagner reforçou ainda que todos têm o direito de adotar posturas conservadoras, mas alertou que nenhuma ideologia pode se sobrepor ao regime democrático. 

“Isso é um alerta para a população brasileira. Ser conservador é um direito de qualquer pessoa. Há conservadores, liberais, pessoas de esquerda e de direita. O que ninguém tem direito de fazer, pelo menos debaixo da Constituição Brasileira, é tramar contra a democracia", afirmou o senador.

"[...] Para aqueles que acompanhavam essa 'pseudoliderança' por acreditar que ela representava um pensamento conservador, espero que despertem. É hora de escolher lideranças mais equilibradas para conduzir as coisas. Não se trata de uma disputa entre esquerda ou direita, mas de um posicionamento claro: democracia ou não", completou.

Leia também: Polícia Federal cumpre mandados de prisão em operação contra grupo criminoso que planejou matar Lula e Alckmin

>>Saiba quem são os militares presos por planejar golpe e morte de Lula, Alckmin e Moraes

Wagner pontuou também que o objetivo do golpe era reinstalar um regime ditatorial, mas afirmou acreditar que as Forças Armadas não apoiariam completamente essa possibilidade.

"Até porque é um caminho que já foi rejeitado no mundo inteiro. Eles sabem que uma aventura desse tipo levaria o país ao absoluto isolamento internacional. Não há espaço para isso aqui", concluiu.