“É fundamental que haja uma mulher negra", diz ministro Silvio Almeida sobre vaga no STF
Corte terá uma cadeira após aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, defendeu nessa quarta-feira (8), a indicação de uma mulher negra para compor o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Haverá uma vaga na Corte com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. Ele se aposentará após completar 75 anos em maio.
“É fundamental que haja uma mulher negra no STF, uma pessoa negra para que a gente comece a discutir a democratização nos espaços de poder”, disse o ministro.
Silvio Almeida esteve no STF para assistir ao julgamento que discute o chamado perfilamento racial, em que as provas colhidas pela polícia em uma abordagem motivada pela cor da pessoa podem ser consideradas inválidas.
Para o ministro defende é importante que houvesse um ministro negro discutindo a questão racial no Supremo.
“Esse julgamento pode colocar o sistema de Justiça do Brasil em outubro patamar”.
O STF teve apenas três ministros negros ao longo de toda sua história. Pedro Augusto Carneiro Lessa, Hermenegildo Rodrigues de Barros e Joaquim Barbosa, cuja indicação ao STF neste ano completa 20 anos.
O ministro Edson Fachin também defendeu a presença de uma ministra negra na Corte.
“Peço licença para cumprimentar uma quarta ministra que quem sabe no lugar do futuro colocará neste plenário: uma mulher negra” disse o ministro, que é o relator do caso sobre perfilamento racial.