Economista Márcio Pochmann assume a presidência do IBGE nesta sexta (18)

O economista Márcio Pochmann assumirá oficialmente a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em cerimônia marcada para esta sexta-feira (18). A nomeação de Pochmann para o cargo ocorreu em 8 de agosto, sucedendo a atuação interina de Cimar Azeredo.

No entanto, a escolha de Pochmann para liderar o IBGE gerou desconforto dentro do governo. O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, anunciou antecipadamente a indicação de Pochmann antes da publicação oficial no Diário Oficial da União. Esse anúncio, feito sem o conhecimento da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, levantou debates sobre transparência no processo de nomeação, especialmente considerando que o IBGE é vinculado à pasta de Tebet.

A ministra posteriormente reconheceu a declaração precipitada de Pimenta como uma falha de comunicação, mas negou que a antecipação do anúncio prejudicaria o trabalho de Pochmann. Tebet afirmou sua disposição em acatar qualquer nome sugerido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçando o papel central do presidente na indicação.

Pochmann possui uma sólida formação acadêmica, sendo pós-graduado em ciências políticas pela Associação de Ensino Superior do Distrito Federal e doutor em ciência econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Além disso, sua trajetória inclui atuações como pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho. Sua carreira também o levou a posições de liderança em instituições como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT.

No entanto, a proximidade de Pochmann com o PT gerou críticas e debates sobre sua imparcialidade ao assumir a presidência do IBGE. O presidente Lula defendeu a nomeação, enfatizando a confiança em sua capacidade intelectual e destacando sua competência como pesquisador. Lula também respondeu às críticas que sugeriam a possibilidade de manipulação de dados sob a gestão de Pochmann no IBGE, afirmando que tais questionamentos não refletem a qualificação e integridade do economista.