Edmundo Gonzáles não pretende deixar Venezuela ou pedir asilo mesmo após mandado de prisão
Advogado afirmou que Gonzáles não planeja sair do território
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O ex-candidato à presidência da Venezuela, Edmundo Gonzáles, não planeja deixar o país mesmo após mandado de prisão emitido no país. Em entrevista à Rádio La W nesta terça-feira (30), o advogado afirmou que Gonzáles não planeja sair do território, nem solicitar asilo político em alguma representação diplomática.
“Esse cenário não está planejado nem contemplado [...] Seu maior desejo é estar próximo dos venezuelanos e retribuir o apoio que lhe deram”, declarou o advogado José Vicente Haro.
A Procuradoria-Geral da Venezuela solicitou a prisão, acusando de incitações a atividades ilegais, usurpação de funções de autoridades e falsificação de documentos oficiais.
Entenda o cenário
As eleições na Venezuela ocorreram em julho e apresentaram aparentes irregularidades no processo eleitoral. O chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Juan Carlos Delpino Boscán, denunciou em nota que ocorreu uma série de "descumprimento de normas e regulamentos essenciais" no momento da apuração. Foram relatadas a interrupção na transmissão de resultados e a expulsão de testemunhas da oposição no fechamento dos votos.
As atas das eleições não foram divulgadas pelo presidente Nicolás Maduro. No entanto, a oposição publicou 80% das atas que apontaram Edmundo Gonzáles como candidato que estava com maior número de votos.