Eduardo Bolsonaro defende sanções dos EUA contra líderes do Congresso e esposa de Moraes

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) defendeu, na quarta-feira (13), que as autoridades dos Estados Unidos apliquem sanções aos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (UB). Segundo eles, os dois "já estão no radar" dos americanos. 

Em entrevista à BBC News Brasil, o parlamentar afirmou que Motta poderia evitar a punição caso paute o processo de anistia no plenário da Câmara. Já no caso de Alcolumbre, ele citou a tramitação de um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, já conta com 41 assinaturas de senadores.

"Se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição (de sofrer sanções). O que eu sei é o seguinte: eles já estão no radar, e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil e sabem que, por exemplo, o processo de anistia depende de ser iniciado pela mesa do presidente Hugo Motta", disse Eduardo.

O filho "03" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também defendeu sanções contra a esposa de Moraes, sugerindo que ela, assim como o ministro, também seja alvo da Lei Magnitsky, legislação americana que permite punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos.

Na entrevista, Eduardo declarou que está disposto a "ir às últimas consequências" para afastar o ministro do Poder Judiciário. 

Ao comentar o impacto econômico da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros, Eduardo afirmou que “a liberdade vale mais que a economia” e que o Brasil “merece” as sanções por ser, em sua visão, “uma ditadura”.