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Educação: sete em cada dez brasileiros dizem confiar mais em professor do que em militar na escola

Pesquisa ouviu 2.090 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 8 e 14 de março

Por Da Redação
Ás

Educação: sete em cada dez brasileiros dizem confiar mais em professor do que em militar na escola

Foto: Divulgação CGN

De acordo com pesquisa encomendada pelas organizações civis sem fins lucrativos Cenpec e Ação Educativa, entre os brasileiros, 72% confiam mais em professores do que em militares para trabalhar em uma escola. Segundo o estudo, a população vê falta de investimento e desvalorização de professores como principais problemas da educação pública, não a questão da disciplina. Aumentar o número de escolas cívico-militares foi uma das principais propostas do governo federal na área.

Para a pesquisa, realizada em conjunto com o Instituto Datafolha e o Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop) da Unicamp, foram ouvidas 2.090 pessoas com 16 anos ou mais. As entrevistas ocorreram entre 8 e 14 de março.

Quando perguntado sobre qual seria o principal problema das escolas públicas brasileiras, a falta de investimento do governo (28%) e os baixos salários de professores (17%) foram as respostas mais frequentes. Falta de disciplina dos alunos (10%), qualidade dos docentes (5%) e conteúdos que não são ensinados (3%) foram os menos citados. 

Os especialistas destacam que é importante diferenciar as escolas militares do fenômeno de militarização escolar. Colégios militares são instituições mantidas com verbas do Ministério da Defesa e têm autonomia para montar o currículo e a estrutura pedagógica. A pesquisa, explicam, foca na inserção de militares em escolas públicas regulares.

Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que regulamentou a adesão ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Estados e Distrito Federal indicaram escolas para receber o projeto. A intenção do governo é implementar a gestão em 216 escolas até 2023 - 54 por ano.

As escolas cívico-militares têm a administração compartilhada entre militares e civis. Militares da reserva atuam em tutorias e na área administrativa - e não como professores. Participam do programa colégios municipais ou estaduais, onde já havia alunos matriculados no modelo convencional. São diferentes das escolas mantidas pelo Exército, que costumam fazer seleção para ingresso e têm custo bem maior do que unidades da rede pública regular.

O programa federal de colégios cívico-militares não alcança nem 0,1% das escolas públicas e paga só em adicional a militares da reserva mais do que ganham professores. O programa do Ministério da Educação (MEC) estipulou duas modalidades: na primeira, as instituições recebem os militares do Exército; no segundo, os governos locais (Estado ou município) é que se encarregam de contratar bombeiros ou policiais militares aposentados.

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