Egungun: A morte por debaixo do pano
Confira a coluna de Adriano Azevedo deste domingo, 23
Foto: Reprodução
A interrupção das atividades biológicas faz parte do processo da vida, onde inevitavelmente a vida anda de mãos dadas com a morte. Quando este momento chega, a pessoa iniciada no Candomblé de nação Keto, passa pelo processo de dessacralização do corpo, onde após o sepultamento a cerimônia fúnebre chamada de Axexê, que é última obrigação da pessoa iniciada, onde durante um, três ou sete dias se canta, dança e come em homenagem ao falecido. O processo de passagem independentemente das circunstâncias, pois mesmo perdendo um ente querido com 200 anos vividos, não fomos preparados para conviver com a ausência física. No entanto, para nós do Candomblé a morte não é fim, ainda que o assunto seja bastante complexo e doloroso pra quem passa o processo da perda. Mãe Stella, quando perdeu um irmão de santo querido chamado Moacyr Barreto Nobre, o saudoso Moacyr de Ogun, ela me disse o seguinte: “O problema não é quem morre... É quem fica!” E a partir desta narrativa concluo que; quem fica precisa seguir, compreendendo que teremos de conviver com a saudade até o dia que Deus permitir.
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