El Niño chega ao fim e La Niña deve se formar no país até setembro, dizem especialistas
Informação foi divulgada em um boletim na quarta-feira (12)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O El Niño, fenômeno responsável por aumentar as temperaturas em algumas regiões do Brasil, chegou ao fim nesta semana. É o que indica o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A informação foi divulgada em um boletim conjunto do Inmet com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres) publicado na quarta-feira (13).
"O atual padrão observado das condições de temperatura da superfície do mar do oceano Pacífico equatorial indica valores próximos da média climatológica, ou seja, descaracteriza o fenômeno El Niño e sinaliza condições de neutralidade", diz o documento.
Em 2024, o fenômeno foi um dos mais intensos já registrados, com impactos por todo o país. Especialistas chegaram a considerar o fenômeno um Super El Niño devido a sua intensidade e extensão.
Agora, os meteorologistas dizem que as previsões mostram uma virada para um novo fenômeno: o La Niña, que deve começar em setembro. Com ele, é esperado que ocorra o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Isso acontece quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do oceano.
No Brasil, os efeitos clássicos do La Niña são aumento de chuvas no Norte e no Nordeste, tempo seco no Centro-Sul, com chuvas irregulares, tendência de tempo mais seco no Sul, condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando uma maior variação térmica.