Eleições 2022: PF já abriu 23 mil inquéritos por crimes eleitorais neste ano
Os delitos mais comuns são compra de votos, boca de urna, uso de servidores ou da estrutura pública e propagação de fake news
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Faltando menos de dois meses para o primeiro turno das Eleições 2022, a Polícia Federal já instaurou 23.412 inquéritos por crimes eleitorais em todo o país. Como mostram o órgão, o montante representa 27% do total de apurações abertas nas eleições municipais de 2020, e é quase o triplo de 2018, período atípico em que foram registrados 8 mil casos.
Esses dados, obtidos através da Lei de Acesso à Informação pela Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas, estão incluídos na série histórica entre os anos 2000 a 2022.
O maior patamar do índice foi registrado no ano das eleições municipais de 2008, com um total de 93.449 inquéritos. Logo depois, aparece 2020, quando a PF apurou 85.773 casos. Já em 2007 foram 79.936 investigações, terceiro maior índice da série.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), crimes eleitorais são condutas praticadas durante o processo eleitoral que atingem ou depreciam a liberdade do direito ao voto, em sentido amplo, “ou mesmo os serviços de desenvolvimento das atividades eleitorais”.
A Corte destaca que configuram ilícitos desde “atitudes que comprometem a inscrição de eleitoras e eleitores, a filiação a partidos políticos, o registro de candidatas e candidatos, a propaganda eleitoral e a votação; até aquelas que violam a apuração dos resultados e a diplomação das pessoas eleitas”.
Os delitos mais comuns são compra de votos, boca de urna, uso de servidores ou da estrutura pública e a propagação de informações caluniosas sobre candidatos, informou o TSE