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Eleições: Pros retira candidatura e decide apoiar Lula

Caso a decisão se confirme, o petista chegará a dez partidos em seu entorno, igualando o recorde histórico de Dilma Rousseff

Por Da Redação
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Eleições: Pros retira candidatura e decide apoiar Lula

Foto: Reprodução/Facebook | José Cruz/Agência Brasil

A nova executiva nacional do Pros (Partido Republicano da Ordem Social) decidiu, em reunião realizada nesta segunda-feira (15), por unanimidade, retirar a candidatura presidencial de Pablo Marçal e apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições presidenciais deste ano.

Caso a decisão se confirme, o petista chegará a dez partidos em seu entorno, igualando o recorde histórico de Dilma Rousseff em 2010. Conseguirá, também, aumentar em alguns segundos seu tempo de propaganda no rádio e na TV, que já é o maior.

O Pros passa por uma disputa interna de poder que já envolveu várias decisões judiciais que ora colocam uma ala no comando, ora outra. Na última, o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Ricardo Lewandowski concedeu no dia 5 liminar devolvendo o comando do partido ao seu fundador, Eurípedes Jr. A decisão foi referendada pelo plenário do TSE, por 4 votos a 3.

Caso não haja reviravolta no comando do partido por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), a Justiça Eleitoral deve ratificar a retirada da candidatura de Marçal e o apoio da sigla a Lula. A campanha começa oficialmente nesta terça-feira (16). Com a retirada de Marçal, serão 11 os candidatos à Presidência.

A disputa interna do Pros envolve inclusive negociações para tentativa de compra de sentença judicial. As duas alas afirmam ter realizado reuniões partidárias legítimas em que uma acabou destituindo a outra. As ações judiciais movidas na primeira instância deram decisões favoráveis a Eurípedes Jr., o fundador da legenda.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal, órgão de segunda instância, deu ganho de causa à ala contrária, colocando o comando do partido nas mãos de Marcus Holanda desde março deste ano.

Áudios, trocas de mensagens e depoimento registrado em cartório exibem uma negociação para compra de decisão judicial favorável em primeira e segunda instâncias pelo grupo liderado por Holanda.

Ainda de acordo com a Folha, houve  um encontro e vários contatos entre Holanda e uma irmã do desembargador Diaulas Costa Ribeiro, relator do caso no TJ-DF. A familiar do magistrado indicou a advogada que atuaria no caso.

O desembargador diz que jamais recebeu qualquer proposta criminosa, e que não tem relação com a irmã há duas décadas.  No material obtido pela Folha, não há diálogo em que ele figure como interlocutor. Todos os outros envolvidos nas conversas negam tentativa de compra de sentença.

De acordo com a última pesquisa do Datafolha, Pablo Marçal tem 1% das intenções de voto e integra o pelotão de candidatos descolados dos três concorrentes mais bem posicionados, Lula (PT), com 47%, Jair Bolsonaro (PL), com 29%, e Ciro Gomes (PDT), com 6%.

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